quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Quando dois corações percebem: Um que não há mais tempo, outro que é preciso partir.


A espreita da noite ele observava as estrelas, nelas encontrava a lembrança daquele lindo olhar e o sorriso que não era mais seu. Os dias não eram os mesmos, já não era primavera: as plantas não floresciam, o orvalho não caia pela manhã. A única coisa que ele podia ver era o intenso e rigoroso frio chegando. Frio este, que trazia solidão consigo e ocupava um coração cheio de mágoas e tristeza. Coração burro, que por orgulho e desejos carnais havia deixado sua amada partir. Agora só o restava olhar as estrelas.

Aquele jovem moço, de cabelos castanhos e crespos, era cego demais para enxergar tudo o que possuía. Tinha uma vida estável, faculdade a todo o vapor, uma namorada de dar inveja a todos e uma reputação inigualável. Era invejado por muitos. Amado por poucos. Mas isso não o interessava. Ele estava apenas na busca pelo prazer, queria que por queria ser o melhor, em todas as áreas e em todos os planos, independente do que fosse. E foi num desses acasos, que ele a conheceu, o amor de sua vida. Tornou-a sua namorada, entretanto, não o sabia que ela seria a dona de seu coração. Para aquele jovem era apenas mais uma para ficar a exposição.

O amor sempre foi à arma que aquela menina utilizava. Dele ela retirava forças e coragem. Só ele a fez ficar ao lado do, ainda então, namorado. Ela o conhecia melhor que todas as pessoas, conseguia ver além das aparências, além daquela vontade de conquistar o mundo. A linda e insistente menina via através dos defeitos, enxergava o que seu amado era de fato. Mas, seu coração já estava cansado. Seu pobre e inocente amor fatigado. A falta do recebimento de carinhos, as atitudes fofas não correspondidas, só aumentava a certeza que no coração da agora triste amante: às vezes, a melhor atitude a ser tomada é partir. Partir para o seu bem e o de seu amado. E por meio desses e outros motivos ela se foi, sem olhar para trás e sem medo, levando consigo apenas a tristeza de um amor que não vingou.

Depois do término, o agora solteiro deu pontapé a sua rotina. “Parar tudo para sofrer um término, para quê?”- pensava ele. E sua vida continuou no mesmo ritmo, dançando a mesma dança da ambição e anseio por reconhecimento, riqueza e grandeza. Só que chega uma hora que a música acaba; mesmo uma sinfonia, que tem por seus aspectos ter uma longa duração, acaba. E foi o que aconteceu com o jovem. Sua trilha sonora teve fim, e um vazio enorme atravessou seu peito saudoso.


Era uma noite fria de inverno, aqueles cabelos castanhos congelavam com o frio e o olhar de seu dono se perdia no céu. Eles contemplavam a grandiosidade e imensidão que aquele campo estrelado possuía. E recordavam-se de uma noite parecida com aquela, as estrelas eram das mais variadas e traziam graça ao céu com seus desenhos e formas. Mas a noite tinha uma diferença notável com o então cenário atual: ela disponibilizava uma alegria que não estavam nos astros no céu, aquela energia boa irradiava de um também astro, que antes estava ao seu lado, segurava sua mão, o olhava e com todo o amor o chamava de “meu namorado”. Conforme se lembrava o garoto, que pensava ser homem, inteligente e sagaz nas suas atitudes, notou que não passava de um tolo menino que por birra e manha deixou escapar a única pessoa que em meio à multidão o reconheceu, o entendeu e o amou. O amou sem pré-conceitos, sem descriminação. O amou da forma que se ama alguém verdadeiramente.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Quando Ela Chora





Nó na garganta, cisco nos olhos.
Desculpas e histórias cuspidas para esconder a ferida.
Menina moça, moça menina, mulher.
Esconde a mágoa, sorri e fala.
Mal sabe que todos veem.
Está tão claro.
No transparecer dos olhos encharcados.

A alma acompanha o compasso.
Dança e segue o ritmo da solidão.
A melodia toca e a jovem entorna-se, a ausência embriaga seu coração.

Sentimentalismo? Insiste em dizer que não.
Afirma ser, apenas, a ideia do “para sempre” jurado e sempre lembrado.
A conversa ressurge na memória.
Palavras um dia escritas, não só no papel, como também na alma, não são esquecidas.
O que resta a ela a não ser seguir mundo a fora.
Mas antes, antes,
A jovem senhorita chora.  

terça-feira, 8 de outubro de 2013

8 de outubro de 2013. O céu amanhece parcialmente nublado. Os vestígios da primavera ainda não estão tão acentuados. Um pequeno pássaro alçou voo e não nos presenteará mais com seu canto. A lembrança de uma estação mais colorida é o que fica: junto a você que também fica.
Há situações na vida em que o silêncio é o maior consolo. O ficar ao lado. O abraço. Eu, mais que todos, sei. Você, agora, também. Toda habilidade que possuo com as palavras se esvaiu quando comecei a escrever este texto. Por um simples motivo: nenhuma palavra trará de volta o que se foi. Mas, de coração, de alma, de verdade, eu espero que esta singela escrita o mostre A) Você não está sozinho; B) Eu estou aqui, você ai, e secretamente meu coração o abraça forte. 
[...]
Como disse, o silêncio me roubou as palavras. E as linhas que me restaram a decorrer são: eu sinto muito. E mesmo que não me conheça, quero que saiba disto. Okay

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Rema!


Algumas vezes, encontramo- me num labirinto. O ar me falta. A cabeça  gira e luto para não me deixar sucumbir pela realidade. Há tempos em que a sensação não passa de meros desconforto e náusea, mas há dias - os mais cinzas - em que quando  consigo abrir os olhos já estou imersa no medo.

Dividir sensações deste tipo, não é uma tarefa fácil. As pessoas me veem como a que não quer tentar. (Mal sabem elas o tamanho esforço e suor que gasto todos os dias só para manter-me de pé.) Julgava-me tola por não ter forças para aguentar o peso carregado por minhas costas. Não sei se reparam, mas a postura de um corpo diz muito. Minha postura já não se mantém ereta e perfeita, resultado de grandes fardos que por elas eram levados. Esses não me eram pertencentes, mas a minha incensante mania de "heroína" os trazia comigo.

Tornei-me minha própria kriptonita. Uma verdadeira bomba a ponto de explodir. Ou melhor, um bomba que acabou de gerar sua maior explosão. Só de pensar nos danos causados, uma ânsia me sobe da boca do estômago pelo esôfago até a faringe. Luto para faze-la descer - junto com o medo. Preciso empurra-los goela a baixo.

Meu maior desejo é sair viva disso tudo. Exagero é meu segundo nome, nunca neguei. Mas, afirmo pela minha vida que este não é o caso.

Permito-me parafrasear relicário e indago: Eu estou ao contrário e o mundo não reparou. A verdade é que a sociedade seguirá seu percurso estando você bem ou não. A vida não vai dar um stop para você ajeitar a gola da camiseta, quem dirá arrumar uma vida inteira em pedaços. Não é drama. Apenas quero saber como sair desse poço.

Não anseio a ninguém estas emoções descontroladas. No momento, leveza é o meu grande pedido. Enquanto não conquisto-a me agarro a ponta de esperança que resta. O único conselho que permito dar-me é: APONTA PRA FÉ E REMA! - como diziam meus sábios hermanos.

Desde já desculpe-me. Não gosto do fato dos que me cercam sejam atingidos com respingos da minha explosão. Desculpe-me por não estar inteira no momento. Desculpe o transtorno, queridos amigos, estou me reestruturando e juntando os pedaços - parafraseio novamente, apenas, para que saibam que toda obra/mudança tem seu fim e por mais que marcas sejam deixadas, tudo ficará bem. É questão de tempo. Até lá, eu aponto, engulo o medo e remo!

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Sobre ser infinito.


Nunca quis tanto algo quanto sentir o infinito. O infinito dos seus braços em volta ao meu corpo. O infinito da minha alma abraçando a imensidão do céu azul. Do desabrochar da flor. O infinito deve ser maravilhoso. E o mais incrível é que só conseguimos nos sentir assim, na maioria das vezes, em momentos simples e verdadeiros.

Charlie me ensinou bastante sobre o infinito. Matemáticos dizem que jamais pode ter fim, daí o prefixo “in” e nunca será alcançado. Mas, Charlie alcançou. Ele sentiu o formar e o findar. E não foi uma única vez. Além do momento em que pensava no encontro de duas retas no infinito – jamais havia me questionado sobre ele. Mas, desde de que meu amigo me contou sobre como era senti-lo, a ânsia e o desejo de conhece-lo me subiu dos pés até o último fio de cabelo. A partir de então, eu soube: meu futuro era ser infinito. E eu ei de conquistá-lo.

É normal não se sentir bem todas às 24 horas do dia. Bem normal mesmo. Tento parecer o mais normal possível perante as pessoas mas, por horas, me sinto deslocada e confusa. Será que os outros percebem? Será que expresso no olhar toda a minha história e complicação? Dizem que o nosso hoje é reflexo do ontem, anteontem (...) e eu não discordo. É por isso que decidi fazer do meu presente o melhor possível. Porque futuramente o presente será meu passado e se este for meu reflexo, quero refletir sentimentos e momentos bons. Quero ser infinito.

A nostalgia é algo relativamente comum. Sempre apreciei as lembranças, elas nos motivam a continuar, nos ensinam e ajudam. Lembranças, independente de boas ou ruins, são parte da gente – um pedaço da alma. Mas gostaria de focar nos tempos bons vividos. Na tarde em que reencontrei minha família após um acampamento e pulei nos braços de meu pai para um longo e sincero abraço. Em quando fui abraçada e não me senti sozinha num momento muito difícil (podem até estranhar, mas me senti infinito; pelo simples fato de poder ter um abraço, daqueles que acolhem a alma). São momentos tão singelos e tão marcantes. Foram lágrimas derramadas. Tempos gastos em abraços apertados. Foi o globo girando, as plantas fotossintetizando. A vida acontecendo. E eu, sem perceber, fui infinito.

Gostaria de dedicar este parágrafo, que confesso não saber e nem imaginar a proporção que terá, ao momento crucial de minha modesta e desinteressante vida. A palavra que o resume me foge da cabeça isso costuma acontecer comigo, palavras me fogem da cabeça. Em resumo: "estou voltando para casa", não sei se fui para um lugar muito distante. Na realidade, não sei para onde fui e por qual motivo fui. A única verdade é: tem horas, horas difíceis e importantes, que você só quer sentir o aconchego do seu lar. No fundo, eu só quero me sentir a vontade. Quero poder ler meus livros tranquila e rapidamente. Quero poder ler e reler as cartas de Charlie, poder analisá-las e aprender com elas. Quero me reencontrar e estar junto dos meus. Desta forma, neste simples local familiar e meu, eu posso sentir novamente. Porque estar com eles me faz bem, me faz me sentir infinito e isso é tudo o que mais quero.

Escreverei para o Charlie qualquer dia desses. Preciso agradecer e contar um pouco de mim. Há tanto para ser dito e compartilhado. Entretanto, não tenho tempo no momento – estou ocupada me reencontrando. Me sentindo infinito!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Epístola ao amor

Querido amigo,

Quanto tempo fazia? O encontro dado ao acaso foi o rompante de uma eternidade de saudade num vazio que era sua ausência. Foi reencontro. Um alegre contentamento para um coração sedento. Foi outra linha escrita da nossa história. Esta antes, bruscamente, interrompida. O que fica nesta mente desolada e confusa: inúmeros questionamentos; perguntas sem respostas. Ah! Essas respostas mudariam tudo.
O que seria de nós após aquela manhã? Como repetir o mesmo feito? Como separar este elo – se antes foi separado de fato, pois, creio eu, sempre estivemos juntos apesar da distância física. Meu bem, confesso: não estou pronta para ver-te longe novamente. Contudo, também não me encontro motivada a passar pela mesma agonia do ter e não ter.
Já que aqui estou expondo meus pesares, desejo-lhe contar os sentimentos mais belos que guardo dentro de mim. Amor. Amor. E mil – arriscaria dizer: duas mil – vezes amor. Já não é segredo, não é mesmo? Deixou de ser quando meus dedos digitaram rapidamente e espontaneamente “Te amo” em resposta. Alívio. Foi uma sensação fantástica. Como se metaforicamente minha garganta houvesse sido dilacerada para os sentimentos saírem. E eles saíram. Saíram num lampejo. Numa fúria. Talvez, descontrole. Saíram com pressa por liberdade e verdade. Fiquei feliz. Não parei para pensar no acontecido, apenas foquei no simples fato: você disse me amar e eu, finalmente, pude dizer também que amo você.    
Meu amor. Apenas meu nos sonhos. Não sei se fico ou se parto. Mas saiba “todo o momento ao seu lado, cada segundo, é guardado em mim”. Gostaria de ouvir um “fique aqui, por favor”, mas esperar por uma recíproca deste porte é esperar por neve em pleno Rio de Janeiro. Meu amor, não é meu de fato mas sou sua desde o primeiro abraço e sorriso por você me roubado.

Sempre sua,
Maria Clara Amorim.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

MELHORES FILMES PARA ASSISTIR COM SEU AMOR (AMIGO)!

A primeira postagem deve ser bombástica. Pensando nisso preparei uma lista dos MELHORES FILMES PARA ASSISTIR COM SEU AMOR (AMIGO)!
Tudo bem, homens talvez não tenham saco para comédia românticas e romance a rodo. Mas realmente vale a pena.  Vem comigo:

*A ordem dos fatores não altera a qualidade. Todos são fantásticos! 

1- Te Amarei Para Sempre


2- Amizade Colorida


3- Sexo Sem Compromisso


4- De repente 30

(Desculpa galera, só consegui achar o link do filme completo)

5- Para sempre 


6- Três Vezes Amor



Poderia ficar aqui para sempre dizendo váriiiiios filmes legais mas tempo é dinheiro, como dizem e eu preciso fazer o meu! 


Espero que goste, 
beijinhos da sempre sua 
Maria Clara ;*